“Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, fazemos o nosso mundo.”
Siddhartha Gautama
Siddhartha Gautama
A terapia cognitiva surge na década de 50 por Aaron Beck e seus colaboradores, através de seus estudos sobre depressão e sua ligação com a vulnerabilidade cognitiva da pessoa. Respaldada por inúmeros estudos científicos, hoje é considerada uma das principais abordagens psicoterápicas, tendo sua eficácia comprovada no tratamento de depressão, dependência química, ansiedade, entre outros.
Beck acredita que a forma que interpretamos as situações, e não o evento em si, que influencia nossos comportamentos e nossos sentimentos. Ou seja, quando nos deparamos com um desafio, a forma como interpretamos ou pensamos sobre o mesmo, está diretamente ligada com a forma que vamos sentir e reagir diante o evento.
O processo terapêutico na cognitiva, visa dar ao cliente a capacidade de identificar e modificar as cognições que o leva ao estresse, buscando então, alternativas de interpretações que o leve a um melhor desempenho. A terapia cognitiva, comparada com outras abordagens, é marcada por ser um processo de curta duração.
Aqui, o paciente chega sem muita consciência do seu problema. É feita uma avaliação, onde as dificuldades são exploradas juntamente com os pontos fortes da pessoa.
Nesta fase, o processo de autoconhecimento está encaminhando. O objetivo aqui é preparar para ação, desenvolver um plano estratégico para resolução de problemas e reestruturação cognitiva.
O paciente, nesta fase, começa a agir ao encontro de suas metas. É possível observar mudanças ambientais inclusive
Estágio onde os novos comportamentos devem ser mantidos.
Paciente não tem recaídas, não se sente mais tentando mudar o comportamento
“A terapia cognitivo-comportamental tem sido amplamente testada desde que foram publicados os primeiros estudos científicos, em 1977 (Rush, Beck, Kovacs e Hollon, 1977). Até o momento, mais de 500 estudos científicos demostraram a eficácia da terapia cognitivo-comportamental para uma ampla gama de transtorno psiquiátricos, problemas psicológicos e problemas médicos com componentes psicológicos (veja, p. ex., Butlers, Chapman, Forman e Beck, 2005; Chambless e Ollendick 2001). A tabela 1.1 lista muitos dos transtornos e problemas que foram tratados com sucesso com a terapia cognitivo-comportamental. Uma lista mais completa pode ser encontrada em www.beckinstitute.org.
Foram realizados estudos para demostrar a eficácia da terapia cognitivo-comportamental na comunidade (veja, p. ex., Shadish, Matt, Navarro e Philips, 2000, Simons et al., 2010; Stirman, Buchhofer, McLaulin, Evans e Beck, 2009). Outros estudos concluíram ser efetiva a terapia cognitivo-comportamental assistida por computador (veja, p. ex., Khanna e Kendall, 2010; Wright et al., 2002). E diversos pesquisadores demonstraram que existem alterações neurobiológicas associadas ao tratamento com terapia cognitivo-comportamental para vários transtornos (veja, p. ex., Goldapple et al., 2004). Centenas de estudos científicos também validaram o modelo cognitivo da depressão e da ansiedade. Uma ampla revisão desses estudos pode ser encontrada em Clark e colaboradores (1999) e em Clark e Beck (2010).”
(BECK; JUDITH S, 2013, p.24)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BECK, JUDITH S. Terapia Cognitivo-Comportamental:Teoria e Prática. Porto Alegra: Artmed, 2013.